"Abre-lhes ela as portas de um mundo imaginário, para onde se refugiam dos embates do mundo real, que impressionam dolorosamente a sua delicada sensibilidade. Quando os encontramos sós, estes melancólicos devaneadores, acreditemos que lhes povoam a solidão formas invisíveis, criadas à poderosa evocação da sua fantasia; o silêncio em que o virmos cair dissimula-lhes os misteriosos diálogos na linguagem desconhecida e intraduzível desse fantástico mundo. É uma singular loucura procurar distraí-los, chamando-os à consideração das coisas reais. A mais doce consolação, a mais festiva alegria daquelas almas, é aquilo mesmo que se nos afigura tristeza.
Deixem-nos assim. Não queiram erguer-lhes a fronte que involuntariamente se inclina, não tentem iluminar-lhes com sorrisos a fisionomia, sobre a qual derrama uma severa gravidade; não se esforcem por lhes tirar dos lábios comprimidos uma palavra qualquer, o fogo da vida, que parece tê-los abandonado, tendo deixado somente a superfície, para mais intenso se lhes concentrar o coração."
As pupilas do senhor reitor, Júlio Dinis, Capítulo X
Júlio Dinis, definitivamente o escritor da minha vida! (3 *.*
OH MY DIDDLY :|
ResponderEliminarIsto é a melhor citação que já li em toda a história da história da minha história :| :| :| :| :| :|
Haverei de decorar isto :|
* ir copiar isto para mim* :| *.*
Estou... embasbacada.
Perfect perfection is perfect :|
AGORA QUERO LER ESSE LIVRO :| QUERO! EXIGO! DEMANDO!