Ainda me lembro daquela visita de estudo que fizemos o ano passado. Lembro-me de percorrermos Lisboa de lés a lés e de até mesmo de nos termos enganado no metro. Recordo o momento em que aquele homem implicou com a professora de Português à saída do museu. Da nossa paragem no Parque Eduardo VII para lancharmos, do gelado Corneto Soft Nuts Emotion que eu comi e do pessoal a roubar-te água da garrafa que compraste. Lembro-me do desafio que o Henoch te fez e quando eu me intrometi no momento em que o recusaste, afirmando ser mais corajosa que tu. Sorrio quando evoco a maneira como tu te levantaste imediatamente e como demonstraste heroícamente que conseguias vencer naquele pequeno despique. Ainda guardo as fotos que tiramos no desafio com as raparigas. Foi este acontecimento que me impulsionou a perceber o que sentia por ti. O modo como falaste delas no metro quando iamos apanhar o barco de regresso, o calor que eu senti no peito e uma raiva permanente e intensa que senti dentro de mim. O complexo de inferioridade dentro de mim "O que é que eu tenho a menos que elas?!", "Elas são feias, horríveis! Que mau gosto! Por amor da santa!", "Eu vou-lhe dizer! Ai, VOU, VOU! :@", o sentimento de impotência, por saber que não tinha nada a ver com o assunto, os tremores, a vontade de despedaçar alguém, de gritar até ficar afónica...
Relembro o medo e o espanto que senti quando a minha Pima me afirmou que aquilo tudo que eu tinha eram ciúmes, porque gostava de ti. Nunca tinha ponderado tal coisa. Nunca tinha sentido uns ciúmes deste calibre. Entrei em processo de negação por uns dias. Mas a verdade era que o primeiro passo estava dado.
Agora, um ano após tudo isto se ter passado, recordo esta nossa aventura com saudade. Foi das mais importantes de todas. E tenho a certeza de que irei guardar esta data para sempre no meu coração.
20.03.2009 - dia em que percebi que gostava de um parvo de nome Marco (3
E agora, faltando apenas uns minutos para fazer um ano que tudo aconteceu quero apenas dizer uma coisa: Amo-te Marco (3
